Uma mulher de 29 anos foi assassinada com extrema violência por seu ex-companheiro em Abaeté (MG), em pleno espaço público. O crime chocante, ocorrido no último sábado (2), representa mais do que uma tragédia local — é o retrato de uma epidemia nacional: o feminicídio.
Por Junior Flávio
Jornalista | Opz Play
O crime: assassinato à luz do dia
Segundo informações da Polícia Militar, o agressor, de 24 anos, atacou a ex-namorada com tijoladas e facadas em uma praça do Bairro São Pedro, após ela se recusar a reatar o relacionamento. A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. O criminoso fugiu para uma área de matagal, mas foi capturado horas depois e confessou o assassinato.
Feminicídio no Brasil: uma mulher morta a cada 6 horas
De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 1.463 mulheres foram vítimas de feminicídio no Brasil em 2023 — o maior número já registrado desde a tipificação desse crime, em 2015. Em média, uma mulher é assassinada por razões de gênero a cada 6 horas no país.
A maioria dos feminicídios ocorre após o fim do relacionamento, quando mulheres estão mais vulneráveis. O caso de Abaeté reforça a urgência de fortalecer as redes de proteção e políticas públicas de prevenção à violência doméstica.
A importância de denunciar e romper o ciclo da violência
Especialistas em segurança e direitos humanos apontam que o Brasil precisa avançar em políticas de acolhimento, apoio psicológico e jurídico às vítimas. Além disso, é essencial investir em campanhas de conscientização e na capacitação das forças de segurança.
A violência contra a mulher é uma questão de saúde pública e de direitos humanos. Denunciar pode salvar vidas.
📞 Canais de denúncia:
- Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher
- Disque 190 – Polícia Militar (em caso de emergência)
- Acesse www.gov.br/mulher